quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ENTREVISTA FAMILIAR

AUTORA: MARIA HELENA S. SPROVIERI
O momento em que é realizada a entrevista familiar que deve acontecer na primeira consulta, portanto pode ocorrer em diversos momentos do tratamento, a fase o diagnostico é fundamental pois é a partir daí que será possível saber os sintomas da família, e portando partindo daí traçar um tratamento eficaz.
A teses que dizem que a criança não é o problema, porem o reflexo dele, podendo refletir nela as enfermidades que a família vem enfrentando, e quando a criança se encontra doente, o foco passa a ser ela, e não mais aquele problema, portanto essas descobertas vão aparecendo no decorrer da primeira e segunda entrevista familiar, estas descobertas foram feitas por estudos de ANDOLFI(1982) e MINUCHIN (1981). Desde ai a criança era tratada como paciente, pois havia trabalhos diferenciados de entrevista. A criança reagia a esse trabalho que buscava harmonizar a família, concentrando a atenção a si mesma.
Se observarmos uma família iremos observar que ela tem sua própria organização e cada uma em particular, estão cheias de regras que encontram encobertas, na maioria das vezes por ela mesma, mas são muito forte, famílias estruturadas tem suas regras como diretrizes que servem para favorecem e fortalecer todos envolvidos, e nas famílias que estão com problemas essas regras são utilizadas para impedir sertãs mudanças.
As famílias que tem uma boa estrutura procuram manter uma definição hierárquica clara, pois nem todos no aspecto familiar são iguais. A responsabilidade de cuidar e educar é dos pais, já aos filhos cabe ser dependências da segurança e afetividade aos pais, expressa no processo de educar. (BERENSTEIN, 1981).
Quando encontramos famílias saudáveis essas permitem trocas de papeis, de forma saudável e que favorece a todos, respeitando seus limites, podendo assim ainda favorecer e fortificá-los.
A família saudável aproveita a crise como forma de fortalecimento e não para quebrá-la, a relação deve ser de troca, segundo LEWIS (1979), pois o ponto chave nessa relação saudável é a tolerância e a comunicação.
Outro modelo a ser observado é o de uma família “resiliente”, que volta ao estado inicial depois de sofrer frustrações, como perdas, desemprego e enfrentar esses problemas de forma flexível. Alguns estudos pesquisam formas de após uma crise o casal sair fortalecido ou mesmo com o menos desgaste possível.
Porem há dois grupos de valores e o casal resiliente que equilibram bem todas as circunstancias que encontra no caminho.
Podemos observar que todas as famílias têm suas características particulares. O funcionamento equilibrado é fator que ou colabora com ou é requisito prévio para o funcionamento e para condutas equilibradas (WALEN, 1972).
Todas as características patológicas podem encontrar nas famílias “normais”, o que as diferenciam e a forma e a intensidade que enfrentam os problemas.
Portanto a entrevista familiar é um momento importante para a família se identificar com o terapeuta e abrir o coração. Em segundo um levantamento do problema. (falceto, 1998).
Se acharmos necessário deve ser realizado entrevistas individuais com os familiares. Se achar necessário outros exames, deve encaminhar a outros especialistas.
Segundo Riviéro (1982) o primeiro passo para o tratamento e a avaliação familiar, pois você descobre todos os mecanismos dessa estrutura familiar e assim poderá ajudar.
Deve considerar dois pontos importantes, quem é essa família e o que esta acontecendo com ela neste momento? E qual é a finalidade de todos?
Nathan Ackerman (1975), pioneiro da terapia focaliza o diagnostico, com uma tentativa para estabelecer o grau de êxito ou fracasso nas relações familiares.
Relação satisfatória estável: quando o dialogo é possível, há estabilidade e é flexível.
Relação satisfatória instável: os períodos de instabilidade são maiores a estabilidade é mantida com dificuldades, é como um contrato, com muito diálogo, mas não autoritário, apenas para achar uma solução do problema.
Relação insatisfatória instável: vivem em luta pelo controle do sistema, não há conversa é a família mais doente, onde podemos encontrar casos de psicoses, esquizofrenia, não aceita ajuda e para o tratamento se percebe ameaças de ajuda.
Relação insatisfatória estável: há uma relação fria, sem comunicação e uns distanciamentos afetivos sobrevivem à custa do sofrimento dos outros, não expressão suas emoções e não conseguem mudanças.
De acordo com Ackerman (1975), esta avaliação é feita com anamnese, usando roteiro com dados detalhado familiar.
As famílias procuram tratamento por diversos motivos, porem muitas vezes não está motivada. A terapia que é parte da avaliação deve ser dinâmica. As regras familiares que vem de gerações às vezes é o que impedem o crescimento familiar.
Diversos autores têm estudado as necessidades essências do diagnostico, pois é uma tarefa muito difícil, pois não há um caminho especifico ou perfeito. A terapia se inicia a partir do conhecimento do problema e a presença do terapeuta já é relevante na família, porem é obvio que cada família tem suas características particulares.
A entrevista familiar deve ser realizada em conjunto, e o objetivo deste tratamento é de caráter de intervenção para auxiliar nas mudanças positivas e na mudança de comportamentos destes indivíduos.
Cada terapeuta conduz sua sessão de acordo com que acha melhor, os métodos e técnicas de cada um são peculiar e único. Mas a seqüência da terapia é semelhante, pois há uma seqüência didática para obter um diagnostico preciso.
1º estagio social;
2º estagio de focalização;
3º Estagio final;
4º Formulação do contrato.
Caso ocorra necessidade de alterações essa deve ser feita de acordo com o paciente. As famílias se desequilibram não pela sua organização, mas por problemas graves dos seus membros.
É necessário que ocorra mudanças nas famílias porem o auxilio da terapia irá auxiliar nas descobertas de aspectos fenomelogicos, onde acaba ocasionando o desequilíbrio.
Há casos que é necessária a intervenção de profissionais de outras áreas, pois quando cada um reconhece seu papel dentro da família a dinâmica, autonomia e flexibilidade de cada um é estabelecida.

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